quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Morra, sem medo.

Verdades lhe arremessarão ao encontro dos seus medos.
Seu dia passará, no que depender de você, rodeado de medos.
Assustar-se-á com qualquer estalo. Se depender do seu medo.
Tenha fé, fique tranquilo, seja corajoso, na certeza da morte.
Seja cuidadoso no intuito de viver, mas se arrisque, sem fé, você já está a beira da morte.
Viva pois, intensamente, não se esgotando, mas se conhecendo.

sábado, 23 de agosto de 2014

Uma perspectiva humana

Quando criança, se há algo que não queremos em determinado momento, tecemos uma fuga simples e corriqueira, do tipo: "Não gosto".
Ao aplicar tal ação, a mente grava a situação e automatiza a mesma reação em situações muito similares. O "Não gosto", o "Não quero", vira automático, mesmo a criança nunca tendo passado por determinada experiência, seja ela qual for.
Isso se espelha por toda a vida se não for corrigido pela pessoa dentro de sua própria mente.
Respostas automáticas, vícios de linguagem, tudo isso está ligado em como cuidamos da mente e dos pensamentos. A mente é basicamente o computador, e os pensamentos, o indivíduo que age no computador. Funciona de forma muito parecida, determinados assuntos e tarefas exigem determinados programas e funções. Tarefas complexas e perigosas demandam atenção redobrada, assuntos complexos demandam rápido acesso a informações retidas e é assim que a mente trabalha, pra mais e pra menos. São inúmeros exemplos que nem me lembro.
A mente é tão perfeccionista no que diz respeito as vontades e aos medos do indivíduo, que todo assunto remetido a mente trás perspectivas voltadas ao perfil da pessoa.
Os maiores fatores pessoais são esses, Medos, Vontades, Anseios e até mesmo crenças. Se tomado como verdade pelo indivíduo, será tomado como verdade pela mente.

Por isso fica aqui meu alerta e conselho:
Tudo o que você não cuidar em sua mente, um dia se voltará contra você.
Quando associar um determinado tipo de pessoa a um determinado tipo de postura, sempre haverá essa conexão em seu cérebro, mas não se assuste, há vertentes na mente, você pode alterá-las, direcioná-las para sua própria segurança, conforto e acima de tudo para ter razão.
Suas escolhas, em grande parte, dependem extremamente de todo o repertório mental adquirido em vida. Alguém que odeia bebidas alcoólicas, rejeitará o máximo possível ambientes do gênero, alguém que tem fobias, se atentará em não passar por situações que lhe exponha a elas, por aí vai.
Logo, tudo que vê, ouve e assimila fica gravado, mesmo sem reparar, e é utilizado como plataforma de decisões, idéias, métodos etc.
Vale ressaltar que quanto mais um paradigma é corroborado, quanto mais informação similar é adquirida, maior é seu peso nas decisões e pensamentos. Logo, alguém que passa a vida toda observando desgraças e trapaças, tem maior facilidade de associar isso em qualquer situação do dia-a-dia, alguém mais racional, tende a assimilar melhor as informações do momento e com isso tomar posições ou atitudes mais sensatas.
Um grande problema que pode ser considerado social, é o volume abundante de informação transmitido através das mídias televisivas. Os tipos de informações negativas que vão acumulando na mente, fornecem grande peso em toda a vida de uma pessoa. Por isso é sempre bom filtrar as informações do modo mais racional possível, tentando fugir dos fatores pessoais.
Pensar é essencial, é imprescindível. Use sua capacidade antes que sua capacidade use você.



domingo, 27 de julho de 2014

O lar que tomou a mata

Testes, passos, correntes
Atitudes contemporâneas, preces, riscos
Tudo isso
É o que vale a equação, da revitalização
No sudeste
Daquilo que se perdeu
A vegetação, o verde, a beleza e o pão.
Nas descontentes passagens em que a vida dá sermão.
Passeios.
Que já não contemplam tanto o verde que aqui vivia.
Hoje há só um resquício da matilha
Há inclusive, um povo que nem comia,
Pelo contentamento do amor.
Tinha arara, tinha harpia.
Jacaré e onça a dá cum pau
Hoje tem cana, milho de farinha, vai direto pra exportação.
Carros, avenidas, palhoças, muita carne e pouca educação.
Perdeu-se o amor no espaço

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Descer

De um patamar o vejo
Não é só um beijo
De lances de escadas eu desço

A planície não é duradoura,
Não acaba, mas se ancora.
Não vejo passar a hora,

Já faz tempo.
Vivo o mesmo momento.
Sem fé, ele não acaba,
Quando tudo parece perdido, então, desaba.

E um túnel, do outro lado do mundo, quão longa a caminhada.
É só um pedaço de chão,
Mas afinal, o que eu vejo?
Almejo?

Não, cansado de buscar solução.
Mas há força, foco e vontade.
Estou a deriva da saudade.
Sou fome de humanidade.

Magoado de um jeito, esperançoso.
Numa pressão material,
Na impressão espiritual.
Saudades.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Sentimento as avessas

Tristeza, essa que me avessa.
Me deixa cansado presunçoso e desce.
A baixa de uma onda sem fim
Que descansa o amor em mim.

Um sentimento profundo, quase cabe nesse mundo.
Um desenrolar tropeço, cuja esperança é o preço.
O silogismo absoluto, nego tê-lo visto. Omito.
Solto a chumbada no turvo, de arremesso.
Pesco e pago por meus trevos.
A fumaça que enche o peito.

Grande luz que tudo vê, permite a vida.
Sou lhe grato sem saber, a que lhe devo a minha.
Temo-me em tese, sou astuto comigo, sou breve.
Minha carcaça quente, esconde a frieza da mente.

Mas não me iludo com crenças, vejo e vivo a esperança.
Sou fé, sou muro, sou um abismo bem fundo, no qual se passam séculos, de aprendizado futuro.