segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Perfil


Sou feito de papel, folha branca e maleável
Sou completo e verdadeiro, tenho minhas confissões.
Posso ser um livro inteiro no meio das confusões

Tenho tatuado um céu e um amor incontrolável
Desmascaro teu sossego, corro junto a furacões.
Deixo ligado meus medos, escapando das monsões.

Faço frases derradeiras de conjuntos sem começo
Subestimo os mais fortes, desafio os grandalhões
Sou fugitivo da sorte, caçador de emoções.

Sempre sentindo no peito
a vontade de viver,
liberdade de direito
presa por me perder

Peço compreensão,
pois me perco em seu penar
Sacrifíco um coração
só pra poder ajudar

Vejo a vida lá de cima
sinto a pele, sinto o clima
Desembesto na decida
procurando uma saída

Mas prometo pra mim mesmo
que um dia vou fugir
Cairei na tentação
de ver um mundo por ai.

Mas sempre levo comigo
a família e as lembranças
a história e os amigos
os amores e A criança

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Só, no meio da multidão


Em algum lugar,
longe de todo mundo.
Em qualquer lugar,
dentro de outro mundo.

Me perco no meio da multidão
me sinto só.
Adentrando o chão gelado
me torno pó.

retomando uma angústia
uma pedra em meu sapato
um peso na consciência
por somente um fato.

um amor inacabado
fruto de má vontade
no peito dilacerado
uma dor de abate.

E assim, me sinto sozinho
no meio da multidão
procurando por carinho.
um alguem sem direção

desafeto que marcou
dentro do meu coração
repentino e derradeiro
inventando a solidão

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

No title - desconheça

Pra cada texto que escrevo, apago outros três da memória.
Escrevo, apago, escrevo, apago, escrevo, apago.
Escrevo e deixo que outros apaguem, pois ja não cabe mais a mim.
revelo fatos, relevo saltos, venero casos.
Mas substituo aquilo que não posso passar a frente.

Cabe a cada um imaginar que não sou santo,
muita coisa errada,
muita palhaçada,
muita enrrascada.

pois infelizmente minha vida foi sempre assim...

foi fazendo merda que adubei minha vida...

É escorregando que tento firmar meus pés em um caminho sem fim.
Repassando meus pobres atos, esperando os fatos.

Aos poucos colocando cada pequena parte de mim, em ti.