quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lástima

Estou sentado no quintal
Sob o concreto que me enrijece
Ouço pardais e música
Sou monstro de mim mesmo

Muitas palavras
Nas palavras
Outras palavras
Pra um único sentimento
Que não cabe no papel
Rasgo os versos
Sei bem
Tudo de mim
Ultimamente
Vago só
W
Y



Nada

Quando estou tranquilo sinto isso
Quando em paz, sigo sorrindo
Na tristeza e na alegria
Com a certeza
De que tudo tem um belo fim
Que o entendimento
É o fundamento da sabedoria
Que o erro é o princípio do acerto
Bem como a saúde no trabalho
Minha estupidez, 
É menor que o amor que trago no coração
Carinho
Que consigo sentir, tendo ou não.
Se tenho sorrio, se não entristeço.
Mas o caminho do amor
É o caminho mais bonito
O sacrifício que é amar
Espero, sóbrio.
Jesus

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Carne

No verso da criação
Há tinta que se borra
Contrai os anseios
Em vícios e manias
No adorno do espírito
Que esconde as doenças
Na carne que prolifera
Nas algemas da Terra
Imunidade não há
Esperança há de faltar
No tronco a marca da corda
Que na areia me incomoda
No dorso a tatuagem
Na pele a doença de não ser
O tratamento é delongado
Cura-se em viver
Vive curando
Amargo
Tenha fé

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

No fundo

Dentro existe um porquê
Dentro do corpo que se vê
Porque dentro ninguém vê
Por isso não existe porquê.