Estou cansado e tranquilo... Passei do mal e transcendi o espírito.
Fico feliz por todos e me felicito por ser vivo.
Se morrermos não encontraremos o fim, encontraremo-nos.
Desde então, minha alma procura dentro do vago mundo de almas vagas, preencher a nostalgia que me apaga.
Se chamo a atenção é porque não me empenho em meus disfarces, não temo a repressão.
Temo apenas a fraqueza, esta que se ajoelha e pede piedade a quem não tem.
Peço mais nada então, piedade nem para Deus, se me for incumbido o trabalho divino me sujeitarei a servi-lo.
Desde que ouvi uma voz, de uma belíssima criatura, agucei minha altura.
Desde que senti um cheiro de doçura e seriedade segura, calma que me efetua.
Olhei, não encontrei, no olfato somente me perco, mas ouvir aquela voz,
a ternura e simplicidade se exaltaram para mim.
Vendo cego, ouvi mudo, fechei a fronte pro escuro e me deparei com o mundo.
Quase já nem lembrava, o que é ser eu.
Quase me desfigurei no intuito de me igualar, assim descobri a farsa de ser normal.
é como se rebaixar, aceitando a submissão ao invés da humildade.
Naqueles olhos, ainda não entrei, nesta alma que me fez tão bem.
Somente apreciei, quase todos os gestos de amor.
Que quase sem querer ela efetua com ardor.
Sem medo de ser quem é, sem medo ser quem sou.
Talvez seremos, talvez sejamos, talvez...
Nenhum comentário:
Postar um comentário